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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sobre as avaliações dos 24 Banners !














Queridos Colegas !

A experiência foi meio cansativa mas positiva !

Gostaria de destacar algumas considerações:

1. Somente 1 Banner especificou o OBJETO da Pesquisa !

1.1 Deveríamos debater mais este conceito, percebi que há um limiar muito tênue com a BASE EMPÍRICA.

2. Nas minhas avaliações nenhum Banner obteve nota 7 as notas máximas que atribui inclusive no Banner de minha autoria foram notas 6, este foi um critério que adotei pois creio que todos nós ficamos desafiados a melhorar sempre.

3. Sugestão à Disciplina (Profº André)

No próximo semestre apresentar os critérios de avaliação, antes da produção dos Banners. Isto certamente ampliará e melhor direcionará a qualidade das produções.

4. Incrível, não é que haviam Banners sem identificação de Autor ?! O que a correria de nosso dia-a-dia não não faz né ?
Bem, é isso por enquanto... até amanhã !
Abração e bom final de disciplina a todos !

Andréa Guimarães Nunes

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fotos da Sessão Instalação de Banners !

















Estimados Colegas !


Parabéns a todos pelos esforços e resultados nas produções de Banners sobre nossos Projetos de Pesquisa !

Bacana !

Sucesso nas pesquisas !

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ENSAIO " Existe um futuro para a ciência da informação ? "


Se existe um futuro para a ciência da informação ?

O problema é “o presente da ciência da informação garantirá seu futuro como ciência social e essencial" ? Faço aqui o uso da liberdade de agregar termos e adjetivos ao problema-tema para ampliar minha reflexão, pois o objetivo deste ensaio é demonstrar a contribuição da ciência da informação para o desenvolvimento das organizações públicas e privadas na sociedade da informação e do conhecimento. Entendo pela pertinência de refletirmos sobre o futuro dessa ciência, pois como administradora, posso afirmar, ainda que sempre com a cautela devida no campo científico que preza a dúvida, que é impossível prever avanços em termos econômicos, sociais e tecnológicos para um país, sem pensar no protagonismo e ampla demanda das organizações à ciência da informação.

Mesmo com todas as complexidades existentes na órbita filosófica, formal e empírica da ciência da informação tais como: amplitude semântica, interdisciplinaridade e ausência de consensos frente ao conceito de informação e de ciência da informação, é possível reconhecer que esta área do conhecimento é portadora de futuro e convive com um sadio e dinâmico paradoxo de latência e maturidade ou inovação e obsolescência, em suas linhas de ação. Isto por que o mundo hoje orienta suas atividades produtivas em qualquer campo (econômico, social, tecnológico, político, cultural) pela via da informação e do conhecimento.

Considero que importantes conquistas de eficiência nas organizações públicas e privadas foram alcançadas graças ao desenvolvimento de processos e sistemas informacionais, fruto do trabalho e entregas científicas procedentes da ciência da informação. Cito alguns breves exemplos brasileiros: “portal da transparência” que contribuiu com a coleta, análise, sistematização e disseminação da informação gerada pelos atos administrativos sobre o patrimônio e recursos públicos, serviços públicos via internet (documentações tributárias facilitadoras de controle e recolhimento de impostos), sistemas jurídicos eletrônicos para controle de processos, entre outros. Já na iniciativa privada o desenvolvimento de sistemas bancários via web (internet banking), e-commerce, sistemas de monitoramento do ambiente externo (tendências de mercado, economia, tecnologia), sistemas de gestão da estratégia empresarial, processos e sistemas de controle de arquivos e registros (documentação), bibliotecas virtuais, sistemas de gestão do relacionamento com clientes, bancos de dados e outros ativos informacionais comprovam a relevante contribuição da ciência da informação no desenvolvimento das organizações.

A consagração de resultados empresariais em organizações que conseguiram antecipar-se a riscos e explorar oportunidades de negócio e gestão, com apoio da ciência da informação, são evidências da essencialidade e da crescente demanda a este campo do conhecimento. Tal contexto me parece posicionar a realidade presente (atual) como determinante de um futuro positivo para a ciência da informação.

Independente deste cenário favorável, creio ser de fundamental importância alertar que o futuro da ciencia da informação pode ser afetado se não houver uma constante atenção dos profissionais que respondem pelos processsos científicos e técnico-operacionais inerentes a ciência da informação à realidade das organizações, neste sentido, a perspectiva de atuação futura destes profissionais (bibliotecários, arquivistas, museólogos, outros analistas da informação e especialistas) deve, o quanto antes, migrar do foco restrito a processos técnicos, para consolidar uma visão holística das organizações e voltada às necessidades dos usuários da informação nos seus distintos níveis organizacionais.

Há um futuro positivo sim para a ciência da informação e é exatamente esta constatação que determina mudanças de conduta e avanços técnicos já no presente, com o fim de garantir um produtivo futuro desta que já é uma ciência social essencial.

Quando digo que é necessário consolidar uma visão holística das organizações e voltada às necessidades dos usuários da informação sei que estou provocando controvérsias. Visão holística e viabilidade científica de estudos para gerar aplicações teóricas e práticas parecem dimensões incompatíveis, mas não são. Pelo contrário, são perspectivas que devem conviver harmonicamente para gerar soluções aos problemas constantes que organizações públicas e privadas enfrentam por estarem inseridas no que chamo de “dependência informacional inteligente” e conceituo como sendo a necessidade constante das organizações em planejar, executar e gerenciar processos e projetos com base em dados, informação e conhecimento. É arriscado dissociar a necessidade de visão ampliada de ambiente, perfil e propósitos das organizações da investigação de problemas em ciência da informação.

Considerdo como estratégica e essencial a atuação da ciência da informação como um serviço interdisciplinar e capaz de investigar as propriedades e comportamento da informação, as forças que governam o fluxo e uso da informação e do conhecimento e seus processamentos para otimizar o armazenamento, recuperação e disseminação nas organizações para todas as suas partes interessadas (stakeholders). Esta atuação deve ser capaz de garantir estudos fundados na sinergia entre a visão holística (macro e microambiente nos quais as organizações públicas e privadas promovem suas atividades finalísticas) e escopos restritos e devidamente especificados para garantir o controle científico de pesquisas para um determinado problema. A partir destas formulações mais complexas porém, mais seguras, teremos condições de identificar soluções informacionais viáveis e agregadoras de resultados institucionais e mercadológicos para as organizações e para as sociedades que delas se beneficiam.

Concluo destacando que existe uma realidade presente ativa e um futuro promissor para a ciência da informação, que sua essencialidade e protagonismo são tão expressivos, que ela possui a força da natureza interdisciplinar, que lhe consagra espaço consistido em todas as demais ciências. Há quem considere que tal condição faz desaparecer a ciência da informação pois cada ciência teria “a sua própria ciência da informação”, mas este é um equívoco, a ciência da informação tem seu corpo de formulações, análises, estratégias, desenvolvimento técnico, científico e filosófico que em última análise não podem ser coordenados sob a ótica exclusiva de uma determinada área do conhecimento, a sustentabilidade científica e a efetividade de soluções em ciência da informação dependem da articulação e integração de processos, pessoas, tecnologias e da correlação de problemas e soluções.

É urgente e necessário atuar no esforço de compartilhar visões, reconhecer contribuições entre ciências. Estamos todos cientistas, governos, empresários e sociedade convidados a instruir a ciência da informação e a nos beneficiar de seu dinâmico e valioso futuro.

Andréa Guimarães Nunes.

Ensaio para a Disciplina FCI.