Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

Seminário de Metodologia - Tese Roberto Miranda - Base Empírica x Base Conceitual

Relatório do Seminário
GESTÃO DO CONHECIMENTO ESTRATÉGICO


Tese de Roberto Miranda

Discussão sobre bases teóricas e empíricas a partir de PROBLEMATIZAÇÃO da tese de Roberto Miranda.

Objetivo

Exame da tese de Roberto Miranda, com o propósito de argumentar e mediar o debate sobre base empírica e base conceitual na elaboração de trabalhos de cunho científico.

1. Apresentação dos integrantes do grupo:

André Bertulio

Andréa Guimarães Nunes

Geovane Eugênio

2. Desenvolvimento do seminário

O grupo apresentou o conteúdo da tese e a sua composição quanto à pesquisa das bases conceituais e empíricas do autor. O estudo foi desenvolvido com a aplicação prática de dinâmicas e apresentação audiovisual.

a. A primeira atividade consistiu numa dinâmica (Dinâmica do Abraço) sobre as bases teórica e empírica. Por meio de uma atividade lúdica, houve a integração do assunto com a visão holística, onde houve a contribuição de todos os aprendizes presentes à atividade, procedida de forma interativa e participativa. Vide roteiro da dinâmica, anexo.

b. Durante as apresentações foi discutida a síntese da tese, visando aprimorar o embasamento quanto à abordagem da pesquisa, principalmente em relação aos aspectos concernentes às bases conceituais e empíricas. Comentou-se os principais tópicos da pesquisa.

c. A segunda dinâmica consistiu em aprimorar o entendimento sobre base empírica (Dinâmica do Copo). Um copo descartável cheio de água e fechado hermeticamente foi entregue a cada aluno presente ao seminário com o seguinte “rótulo”:


Problema


Como identificar a informação contida neste copo com água ?

Objetivo

Descrever as características da informação contida neste copo com água.

RESPONDA

Qual seria a base empírica

desta pesquisa ?



A reflexão foi conduzida de forma que os participantes pudessem, na prática, compreender e tirar conclusões sobre o entendimento de base empírica.



O grupo orientou a turma considerando a seguinte reflexão: “muitas informações estão contidas neste copo, algumas delas impossíveis de serem apuradas a olho nu, talvez precisássemos de um engenheiro químico para fazê-lo.”



“A informação contida no copo não é somente a que está expressa no rótulo ou no próprio recipiente, ela pode estar contida nas moléculas da própria substância (água), nas moléculas que compõe a lâmina de lacre e o próprio recipiente plástico (copo).”



Quando perguntamos novamente qual seria a base empírica da pesquisa ? vários colegas responderam: “é o copo”, poucos perceberam que “o copo” poderia ser considerado o universo da pesquisa, tudo dependeria da BASE CONCEITUAL, das definições que fossem estabelecidas pela base conceitual da pesquisa, no exemplo, não mencionada. Daí destacamos a importância da base conceitual como fundamentadora da BASE EMPÍRICA.



d. Como atividade complementar o grupo discutiu o texto “A ‘Revisão da Bibliografia’ em teses e dissertações. Meus tipos inesquecíveis”, de Alda Judith Alves. Em síntese, o objetivo foi discutir como não se deve fazer uma revisão de literatura e escrever um texto com base conceitual com critérios não científicos, ou que contrariem a cientificidade.





Após uma acalorada discussão sobre este assunto, o seminário foi concluído.



3. Resumo da discussão do seminário



a. Estudo das bases

O grupo apresentou no seminário primeiramente a discussão teórica sobre o modelo de GCE – Gestão do Conhecimento Estratégico, base conceitual pesquisada pelo autor Roberto Miranda, partindo-se do estudo comparado dos modelos de GC existentes e da caracterização do CE como tema específico de estudo. Da compreensão do modelo, autor chegou ao modelo conceitual do Sistema de GCE idealizado.

No segundo momento o grupo apresentou a pesquisa para a validação do modelo teórico elaborado, a base empírica utilizada pelo autor, por meio de pesquisa descritiva e de campo junto a profissionais de GC.

b. Discussão sobre base conceitual

O autor se valeu do método abdutivo de pesquisa – uso concomitante dos métodos indutivo e dedutivo, ancorando-se na análise bibliográfica para sustentação teórica do modelo e do estudo comparado para a avaliação de diferentes modelos de GC e de abordagens e perspectivas estratégicas.

O estudo da base conceitual é fundamental para a apresentação de pressupostos teóricos; levantamento de hipóteses; estudo bibliomético para identificação de autores que são dedicados ao campo de pesquisa; demonstração da abrangência de pesquisa estudioso; identificação de hiatos no estudo; delimitação do campo de estudo; preenchimento de possíveis lacunas e possibilidade de redefinição do problema e das hipóteses ao permitir o olhar na bibliografia dos assuntos pertinentes e conexos à pesquisa.

Roberto Miranda utilizou-se de mapas conceituais para exprimir as relações entre o conhecimento e o objeto de pesquisa dos autores por ele estudados, permitindo ao leitor da tese a visão compartilhada do estudo. O segundo instrumento utilizado foi quadro referencial. Esta abordagem permite clarificar o racional da pesquisa, orientar a definição de categorias e constructos relevantes, dar suporte às relações antecipadas nas hipóteses e funciona como principal instrumento para a interpretação dos resultados.

c. Discussão sobre base empírica





O estudo consistiu na pesquisa descritiva ou de campo para validação do modelo junto a profissionais da área em estudo. Foi reduzida uma entronização ao texto de Popper, ao que foi refutada a discussão, remetendo-a ao próximo seminário, específico sobre Karl Popper e a pesquisa científica.



4. Conclusões

No seminário o professor apresentou as considerações acerca da abordagem do autor Roberto Miranda. A tese foi bem fundamentada, é identificada como uma estrutura lógica coerente e contribui no aspecto de ser uma obra que é embasada no método científico.

No particular a contribuição do grupo foi de mostrar que o objetivo da revisão de literatura é traçar um panorama das possibilidades de verticalização da pesquisa. Pela utilização de mapas mentais, gráficos e tabelas de correlação é possível observar a cadeia de constructos do projeto, desde a definição do problema até a interpretação dos resultados. Como aspecto básico, a revisão consiste na contextualização do problema na área de estudo e na análise do referencial teórico.

Com o estudo da tese e do texto de Alda Judith foi possível identificar e apresentar aos alunos que a estrutura de um estudo aponta para pontos de consenso, controvérsias entre autores citados, regiões de sombra e lacunas na pesquisa a ser considerada. Outros pontos fundamentais observados foi que a revisão crítica de teorias e pesquisas é um aspecto essencial à construção do objeto de pesquisa e o papel do orientador, especialista na área, é fundamental para a elaboração assertiva do documento final.

Por fim, ressaltou-se que é imprescindível o estudo de revisões de literatura que sejam coerentes com o objeto de estudo e exprimam o pensamento efetivo dos autores citados, bem como a base empírica deve reunir as condições e características necessárias para o bom embasamento da produção científica.





5. Referências Bibliográficas



MIRANDA, Roberto Campos da Rocha. Gestão do Conhecimento Estratégico: Uma Proposta de Modelo Integrado. 2003. 268f. Tese – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação, Universidade de Brasília, Brasília, 2003.

POPPER, Karl. A Lógica da pesquisa científica. 6ª Ed. São Paulo: Ed. Cultrix, 2000. 568p.

ALVES, A.J. A Revisão de Bibliografia em Teses e Dissertações: Meus Tipos Inesquecíveis. Cad. Pesq. São Paulo, n. 81, p.53-60, maio 1992.



6. Descrição Referencial para a Dinâmica 1.



ROTEIRO REFERENCIAL (não rigoroso) – FALA DA CONDUTORA DURANTE “GINÁSTICA” DAS DUPLAS – ALUNOS EM SALA



Para estudar qualquer problema

Precisamos definir uma base empírica e teórica

Este é um ensinamento básico, encontrado na ciência

Mas felizmente

Hoje questionamos o que isso significa

Hoje já reconhecemos a importância de mantermos a convivência entre base empírica e teórica e visão holística da realidade

Sem esta atenção

Um pesquisador ficará restrito, imerso em um “recorte do mundo real” isolado, que

Sim! entendemos como necessário para o devido aprofundamento e viabilidade científica !

Mas, é essencial que estejamos todos aptos ao novo, a contestação, a busca de relações, a complexidade é natureza humana essencial

Por tanto, estejamos em sintonia com o complexo, com o amplo, com o holístico

É assim que as bases teóricas e empíricas de um estudo científico e a visão holística da realidade devem estar:..... “ABRAÇADAS” !