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Opinion Papers Produções de FCI

Opinion Paper 1.

Textos Base


H.Borko “Information Science: What Is It ?”

Wersig & Neveling “Os fenômenos de interesse para a ciência da informação”.

N.J. Belkin “Progress in Documentation” Information concepts for information science.

Nesta oportunidade, registro que o texto de Borko traz uma “definição” de Ciência da Informação ampla, porém, pertinente e rica em sub-conceitos. Não poderia ser diferente, já que estamos diante da amplitude, complexidade, transversalidade e essencialidade que o termo Informação representa.

Ciência da Informação é uma ciência interdisciplinar que investiga as propriedades e o comportamento da informação, as forças que governam o fluxo e uso da informação, e as técnicas, ambas, manuais e mecânicas, do processamento da informação para otimizar o armazenamento, recuperação e disseminação. (Borko,1968).

O que me chama a atenção nesta definição é a inclusão do termo uso da informação. Borko propõe a atenção às forças (macroambiente e microambiente) que governam o fluxo e uso da informação. Concordo, pois o uso da informação deve ser cuidadosamente tratado dentro do escopo de estudos da Ciência da Informação. O usuário é o provedor de resultados. Muitas vezes os estudos se detém aos processos, as técnicas e deixam em segundo plano ou pior, simplesmente desconsideram o usuário da informação em planejamentos e desenvolvimentos de sistemas, focam a informação, como objeto principal, mas, quem está gerando a informação ? Quem está recebendo a informação? Para que? Que decisões serão tomadas a partir da recepção, interpretação e disseminação da informação? Se não estudarmos o USO da informação corremos o risco de vivermos imersos em um “oceano” de informação sem valia.

Quanto ao conteúdo de Wersig & Neveling registro que pude identificar talvez a origem das causas de problemas muito comuns em grandes organizações sejam públicas ou privadas. O excesso de processos e sistemas de informação que não se convergem, que não trocam informação entre si e que geram uma realidade técnica e institucional difícil de ser gerenciada, cara e de baixo valor estratégico para as atividades fins e negócios de uma organização. Quando os autores revelam que “[...] cada participante da discussão poderia concordar na eventual existência de algo chamado “ciência da informação”, contando que ela fosse a sua ciência da informação, baseada na sua informação específica.[...]”. Cada parte de uma organização (setores especialistas) quer ter a sua informação, o seu sistema de informação.

Quanto ao texto de Belkin me identifiquei com a sua abordagem sobre “Informação como estrutura”. Citando Thompson, destaca que “[...] a informação pode ser considerada como a estrutura resultante, ou organização, mais que um evento em si mesma. [...]”


Opinion Paper 2.

Textos Base



N.J. Belkin “Progress in Documentation” Information concepts for information science.


Bertran C.Brookes “The foundations of information science.”

Com relação ao texto de Belkin Creio que o uso de modelos matemáticos são sempre bem vindos em qualquer conteúdo, tema e disciplina, as ciências exatas tem a capacidade de "simplificar", sistematizar e tornar de certa forma finito um problema, ou melhor, uma equação, o que permite por vezes, "tangibilizar, reduzir" a problemática, a dúvida, a uma incógnita identificável. No entanto, em se tratando de ciência da informação, em se tratando de campo interdisciplinar e complexo, onde o conceito de Borko me parece amplo, porém, seguro e pertinente, uma equação ou modelo matemático certamente deve ter sua valia, mas, devemo aplicar tal "ferramenta" com cuidado e visão holística, pois a gestão de inúmeras variáveis subjetivas por natureza, podem nos levar a uma resultante limitada ao extremo e reduzida de dimensões essenciais e estratégicas para determinado caso ou problema a ser analisado. Na aula do dia 16/06 comentei em sala o risco de querermos tangilizar o intangível, que é chegada a hora de ampliarmos as visões científicas, sem temer o holístico, pois do contrário, deixaremos de ousar e seremos mais reducionistas do que cientistas.

Brookes nos ressalta a realidade das ciências sociais em aspectos subjetivos e intangíveis. Gostei da ênfase que o autor deu ao fato de que, de todas as ciências sociais, a ciência da informação é a mais intimamente relacionada às questões de interação entre processos mentais e físicos ou entre o modo subjetivo e objetivo de pensamento, que há uma responsabilidade especial nesta ciência, na ciência da informação, que entendi se constitui por extremos e nuances que vão desde considerações de conteúdo tácito, subjetivo, implícito, perceptivo e complexo até o expresso, objetivo, explícito e técnico dimensionamento e equacionamento de um problema.

Boa reflexão, agregadora de críticas, idéias e saberes amplos a todos nós.


Opinion Paper 3.

Textos Base



Michael K. Buckland – “The information as thing.”


Tefko Saracevic – “ Ciência da informação: origem, evolução, relações.”



É muito interessante o tratamento das diversas definições para o termo “Informação” especialmente quanto ao tratamento da Informação como Conhecimento. Buckland nos demonstra que o conhecimento é intangível, subjetivo, imensurável e que portanto ao se apresentar ele requer representação, expressão em meio físico, seja por textos ou símbolos, e até imagens. Diante desta realidade a Infomação deixaria de ser conhecimento para ser compreendida como coisa. Penso que o trato do conhecimento deve se referenciar por meio de caminhos que “expressem-no” porém, não o “condene” a se tornar o que ele na verdade não é algo finito, tangível, objetivo de forma a descaracterizar sua essencia ampla, sutil e rica de significados. Creio que os paineis de discussão, as videoconferências, a observação, o diálogo, são recursos valiosos que permitem a exteriorização do conhecimento e portanto sua captura, retenção e disseminação e ao mesmo tempo não o restringe a formatos que não dão conta de expressar as nuances comportamentais, atitudinais, congnitivas e psicológicas que podem dizer muito mais do que textos, imagens ou símbolos.

Também gostei de Fairthorne que fez uma objeção no tratamento do conceito de Informação como Coisa, quando ele diz que a informação é um atributo do conhecimento do recptor. Já Saracevic nos apresenta o contexto e evolução histórica, técnica e de aplicação da CI. Acerta o autor quando enfatiza o papel da CI nas dimensões sociais e humanas que extrapolam os aspectos de tecnologia. Porém, deixa claro as fundamentais características estururantes que constituem a razão de ser da CI: interdisciplinaridade, vínculo a TI e a atuação catalizadora e promotora da evolução da sociedade da informação.

Opinion Paper 4.

 



Textos Base



RAYWARD, W.B. The history and historiography of information science: some reflections. Information Processing & Management. n.1, v.32, p. 3-17, 1996.


INGWERSEN, P. Information retrieval interaction. Chapter 1. [www.db.dk/pi/iri], p.11-14, 1992.




O Texto de Rayward nos apresenta um dilema para o qual entendo que devemos formular posição interpretativa segura, porém, flexível e ampla (holística). A informação é um processo ou um produto ?

No meu entendimento a resposta que ponderei em sala, a princípio, seria: depende do contexto, depende da análise e discussão. É possível enquadrar “informação” em um conceito de processo se considerarmos que a “informação” se constitui por um conjunto de atividades que envolvem emissor, receptor e procedimentos co-relacionados que garantam a coleta, armazenamento, classificação, seleção e disseminação de dados e conteúdos em diferentes meios. É possível enquadrar “Informação” como um produto quando ela é a resultante de um processo, ação, atividade ou tarefa adequada às especificações e requisitos definidos por um solicitante interessado (usuário).

O entendimento deste dilema deve contribuir com o desenvolvimento da gestão da informação tornando-a mais efetiva para sistematização de resultados de uso e aplicação nas organizações sejam públicas ou do setor privado. Pertinente e com contribuição direta a compreensão das questões acima identificadas, o texto de Ingwersen nos apresenta em sua parte final a visão do escopo da ciência da informação destacando a essencialidade e a importância da noção crucial de informação desejada. Este aspecto enfatiza a qualidade da interação entre os geradores e os usuários da informação registrada sendo um ponto de análise importante pois considera a ampla diversidade de tipos de usuários sem demover a fundamental e estratégica atenção que os gestores de informação devem guardar para o estudo de usuários que em última análise podem determinar a sustentação, eficácia e plena aplicação da informação em benefício de projetos, processos, ações e atividades nos mais diversos ambientes de uso da informação.